A diversão une e a criação faz do homem um ser livre*
Gostaríamos de agradecer os artistas que estiveram presentes no Projeto 61 na última sexta-feira:
Lila Botter com a arte postal dos cards, para quem não sabe, a arte postal esteve intimamente inserida na idéia em que a festa do Projeto 61 foi conceituada: a idéia da “arte democratizada enquanto processo e não acumulação” Julio Plaza na 16a Bienal Internacional de São Paulo, vide catálogo.
Sal com a street art, mostrando que cada vez mais a arte desvinculada às grandes galerias e museus: uma arte para todos.
Rafa que colaborou com seus estímulos “sonoros táteis” e sinestésicos juntamente com o Projeto Mono que é uma iniciativa para produção sonora em conjunto.
Colaboradores como Kika Coimbra, Ricardo Guidara com a instalação da cortina de pimentas, trabalhos como as de Akira Sanoki, Vivian Caccuri estes três últimos, estudantes da Unesp, o game interativo produzido por Carol Selles, Jaqueline e Débis produzido nas próprias dependências do Projeto 61. O convite por Erika Botelho que afinal foi fundamental para qeu tudo isto acontecesse. Idéias, discussões em torno do tema arte onde cada qual pôde identificar sua própria força dentro deste coletivo.
Além da intervenção dos post-its por toda a casa sempre com um único propósito: a de questionar. E todos questionaram interagindo com a casa e registrando a sua intenção por mínima que seja de subverter a o cenário. Questionamos na formação de uma nova forma de pensar, agir e produzir acreditando sim que nós temos o poder de modificar o que acreditávamos ser imutável. Ao final todos fomos questionados com “post-its” colados em nossos corpos (intervenção divertidíssima de Tata Pedrosa). Como disse Kika: “somos nós, todos nós”.
Todas estas idéias formam neste novo grupo uma nova forma de encarar a arte, questionando-a, e subvertendo os meios tradicionais de produção. Mostrando que, na produção coletiva, a arte enquanto criação é responsável pela criação de uma sociedade desvinculada aos meios de produção massiva. E para nós do Projeto 61 a razão de uma existência enquanto coletivo.
* Para Walter Benjamin, a obra de arte, através da diversão, penetra nas massas, realizando tanto a função de diversão quanto de crítica social. (Benjamin, 1983, p.27).